UM POUCO DE HISTÓRIA

DOMINGUISO

 

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História:

Freguesia do Concelho e Comarca da Covilhã, tendo como orago o Espírito Santo.

Situada nas faldas da Serra da Estrela e junto à margem direita do Rio Zêzere, dista 10 Km da sede do Concelho.

Antiga Freguesia do Espírito Santo do Dominguiso, foi curato anexo ao prior de S. João do Monte in Colo e de aproximação do prior no termo da Covilhã.

Só em 2 de Novembro de 1926 passa à situação de Junta de Freguesia do Dominguiso, até então, era anexa à freguesia do Tortosendo.

D. Teresa Alexandrina de Almeida Pais Castelo Branco, foi a única Viscondessa do Dominguiso, título que lhe foi atribuído em memória de valiosos serviços prestados por seu marido - José Augusto de Castelo Branco, à sua causa constitucional e pela exemplar caridade desta Senhora, que entre outros auxiliou com um grande donativo o Asilo Distrital de Infância Desvalida de Castelo Branco. Este título foi-lhe concedido por D. Luís I, por decreto de 2/08/1891 e carta de 7/09/1871.

Nesta povoação, é possível verificar a existência de restos romanos e restos destruídos de um castro, numa quinta a Sul do Dominguiso, conhecida pela "Quinta do Godinho". Ali apareceu há anos uma lança (punhal?) de cobre ou bronze, hoje desaparecida.

 

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Monumentos:

- Capela de S. Sebastião, antiga Igreja Matriz da Freguesia.

Na Capela de S. Sebastião, ainda existem algumas sepulturas de gente importante, tal com a João José Castelo Branco, nascido em 1767 e falecido em 16/12/1840 e era casado com D. Ana Bárbara Proença Gingal.

- Igreja Matriz, que data de 1786 e cujo campanário foi construído em 1922.

Imagens existentes nesta Igreja: Imaculado Coração de Maria; Nossa senhora da Conceição; Sangrado Coração de Jesus; Senhor dos Passos; Sagrada Família; S. Sebastião.

- Palácio da Viscondessa também conhecida pela casa brasonada de S. Silvestre. "Brasão da família de S. Silvestre"(FOTO).

 

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Quanto ao Topónimo existem três versões:

1 - Segundo o Dr. Alexandre Carvalho Costa, em "Lendas, Historietas, Etimologias Populares e outras etimologias respeitantes a Cidades, Vilas, Aldeias e Lugares de Portugal Continental", baseia este topónimo "no facto de no português proto-histórico existem apelidos de homem DOMINIGUIZ e DOMINGUIZ (vidé Onomástico de A. A. Cortezão). Este último "Dominguiz", encontra-se ainda no Português-Histórico, em documentos do Séc. XIV, a par de DOMINGOS (vidé Antroponimia Portuguesa de Leite de Vasconcelos).
O étimo de Dominguiso é, pois, a forma arcaica DOMINGUEZ.

                              DOMINGUEZ > DOMINGUIZ> DOMINGUISO.".

2 - A antiga povoação era conhecida por Divino Espírito Santo mas a vigaria não tinha Igreja e como o Povo era Cristão, gostava de ir todos os Domingos à missa. Para tanto, dirigia-se a Alcaria, povoação mais próxima.
Os habitantes de Alcaria começaram a chamar "DOMINGUEIROS" àqueles estranhos que todos os Domingos invadiam a sua Igreja. Mais tarde este povo será conhecido como DOMINGUEIRO e mais tarde ainda, como DOMINGUISO.

3 - Nova versão diz respeito aos lacticínios, em especial devido à quantidade de queijo da serra aqui produzido.
Teria havia o "Senhor dos Queijos".
                            DOMINUS QUESUM > DOMINOGUESO > DOMINGUISO.

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História recente:

Dominguiso é neste momento uma das mais populosas aldeias do Concelho da Covilhã. O número de habitantes tem vindo a subir nos últimos anos, ao contrário do que é a tendência global das regiões do interior do país.

Esta aldeia é ponto de passagem obrigatório para as populações do sul do concelho.

Terra de grande emigração, em que muitos já regressaram às suas origens e estabeleceram-se como comerciantes e empresários.

Possui esta localidade infra-estruturas: praia fluvial, estradas, esgotos, água e luz.

De notar que a luz foi inaugurada a 15/11/1952, os telefones a 17/03/1953 e quanto à Fonte antiga, também denominada "Fonte Velha" data de 1869 e foi reconstruída em 1972 e o chafariz foi inaugurado a 26/04/1931.

Dominguiso tem comércio, algumas fábricas de confecções, construtores civis, que ocupam a maior parte da mão de obra.

Farrapeiro - Existem ainda algumas empresas dedicadas de forma artesanal à escolha de trapo ou farrapo (tal como antigamente). Esta actividade valeu a esta povoação ser conhecida por "Terra dos Farrapeiros(*)" que viu em (1997) erguer uma estátua em homenagem a todos os FARRAPEIROS do DOMINGUISO "O Farrapeiro". A figura típica do farrapeiro, ocupava nas aldeias, vilas e cidades, as delícias dos mais novos, de saco às costas, proclamando o   conhecido "pregão"  ("Farrapos, peles, cera!").

Ponte - Este povo, esperou muito tempo pela ponte sobre o rio Zêzere, que liga o Dominguiso à outra margem do rio, Alcaria. Encurtando-se o caminho para quem se desloca para outras localidades do sul. Tornou-se realidade, no ano de 1996.

Polidesportivo - Uma das maiores construções que foram realizadas no Dominguiso, foi o Polidesportivo do Sport Lisboa e Águias. Inaugurou-se a 1ª fase, a 20 de Outubro de 1999 com a presença das entidades oficiais do Concelho. Já inaugurada esta fase, o pavilhão desportivo apresenta, a cobertura completa, bancadas, balneários, restaurante, um bar e um parque de estacionamento. Esta infra-estrutura,  permite que se pratique e assista às manifestações desportivas e culturais,  durante todo o ano, mesmo nos meses mais frios.  O pavilhão desportivo tem uma capacidade para 460 pessoas sentadas, uma bancada VIP e um local para a imprensa. 

 

(*) Farrapeiros - O mesmo que adelo (deriva da palavra Árabe ad-dallal), negociantes que compram e vendem roupas velhas, papéis, ferro-velho, metais, peles, cera, objectos usados e outros, ou seja, todo o tipo de material que possa ser reciclado e/ou reutilizado.  

- Os Farrapeiros tiveram e têm hoje em dia uma extrema importância para o Planeta Terra, por serem os grandes Amigos da Natureza. Foram eles, sem dúvida, os primeiros a aproveitarem materiais velhos ou usados, que teriam outros distinos, como lixo, desfigurando, prejudicando o meio ambiente. Assim,  o potencial "lixo" será novamente nova matéria-prima, capaz de ser reutilizada, por forma a contribuir para uma melhor qualidade de vida e uma Biosfera menos poluída.

 

 

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EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO

ANO

HABITANTES

FOGOS

1708 - 40
1862 406 103
1898 600 148
1905 678 148
1960 1100 309
1970 1066 354
1981 1102 487
1989 2000 708
1993    

 

Texto adaptado

  • in "O combatente da Estrela", Agosto de 88, nº 8; Núcleo da Covilhã /

  • Folgado, José Pereira; "Medalhas do concelho da Covilhã" 1861-1990; Vol. Primeiro; Covilhã 1991

 

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